
Imediatamente, o caos seria generalizado. “Basta imaginar que por trás de quase tudo o que fazemos hoje há um tripé de insumos essenciais: energia, telecomunicações e tecnologia. E a internet foi capaz de juntar tudo isso na tela do computador”, diz Bob Wollheim, investidor de empresas de tecnologia. “Perder a habilidade de se comunicar com facilidade, ainda que por pouco tempo, significa retardar o nosso crescimento. Em vez de avançar, estaríamos ocupados em reatar o que já existia”, diz Ricardo Chisman, sócio da consultoria em tecnologia Accenture. “Mas é tão improvável, que nenhuma empresa prevê algo parecido em seu gerenciamento de riscos.”
O caos seria temporário, mas afetaria a totalidade da população do planeta. “A penetração da web chega a 70% nos países ricos, justo aqueles que mais influenciam as compras e vendas do comércio mundial”, diz a especialista em redes de computadoresTereza Cristina Carvalho, da USP. Se a queda persistisse por mais de uma semana, aí, sim, passaríamos por uma adaptação penosa. Klaus Kleinfeld, presidente da Siemens, chegou a declarar numa conferência que isso não é impossível: “Tudo o que se precisa para derrubar a internet é um computador e uma mente doentia que saiba como a rede trabalha”.
BANCOS
Efeitos imediatos
Com a paralisação do internet banking, só no Brasil são 26 milhões de correntistas que teriam de enfrentar tumultos e filas quilométricas nas agências e nos caixas eletrônicos. Fora o atraso em um ou outro pagamento, não haveria colapso da atividade econômica, pois as agências se comunicam por uma rede interna privada (que não precisa passar pela web) e uma parte é atendida por satélite.
• O impacto não será tão grande, e o setor terá condição de se renovar e seguir funcionando.
Efeitos a partir de uma semana
“Os bancos precisariam construir novas agências e colocar mais máquinas e pessoas para trabalhar”, diz Tereza Cristina. Clientes mais abonados poderiam até receber do banco dispositivos que ligassem seus computadores aos da agência mais próxima.
• O impacto não será tão grande, e o setor terá condição de se renovar e seguir funcionando.
• Setor buscará antigas para normalizar seu funcionamento.
ECONOMIA
Efeitos imediatos
As empresas mais afetadas seriam aquelas que atuam e têm clientes no mundo todo. Pelos menos metade delas, após uma interrupção duradoura da internet, poderiam não voltar a operar. Quanto às economias nacionais, correm mais riscos aquelas capazes de comportar e gerar mais tráfego na rede, como Coréia do Sul, Japão, Alemanha e EUA. É que, quanto maior a largura de banda, maior a disseminação dos vírus.
• Setor paralisado.
Efeitos a partir de uma semana
As finanças da Califórnia (EUA) e da Coréia do Sul estariam na lista daquelas que entrariam em colapso. A Coréia, por deter o maior número de empresas usuárias de banda larga. A Califórnia, por concentrar 70% das companhias voltadas à tecnologia, especialmente internet.
• Setor paralisado.
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