sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Os impactos econômicos do "11 de setembro"


Os ataques tiveram um impacto significativo nos mercados norte-americanos e mundiais. A Reserva Federal reduziu temporáriamente seus contatos com bancos pela falta de equipamento perdido no distrito financeiro de Nova York. Em horas recuperou o controle sobre o sinistro de dinheiro, com a consequente liquidez para os bancos. Os índices bolsa New York Stock Exchange (NYSE), American Stock Exchange e NASDAQ não abriram em 11 de setembro e permaneceram fechados até 17 do mesmo mês. Os sistemas do NYSE não foram danificados pelo ataque, mas os danos nas linhas telefônicas do sistema financeiro do World Trade Center impediram seu funcionamento.

Quando os mercados reabriram em 17 de setembro de 2001, atrás da maior queda desde a Grande Depressão, o índice Dow Jones caiu 684 pontos (7,1%), até 8920, em sua maior queda em um só dia. Ao final da semana, o Dow Jones tinha perdido 1369,7 pontos (14,3%), sua maior queda em uma semana. Desde então Wall Street permanece protegido contra um atentado terrorista.

A economia de Manhattan, terceiro distrito econômico dos Estados Unidos, ficou devastada. 30% do solo de escritórios (2,7 milhões de m³), muitos deles de classe A, foi destruído ou danificado. O Deutsche Bank Building, vizinho das Torres Gêmeas teve que ser fechado pelos danos e demolido. A eletricidade, telefone e gás foram cortados. Foi restringida a entrada de pessoas no Soho e Baixo Manhattan. A deslocalização de postos de trabalho a Midtown e Nova Jersey se acelerou.

A reconstrução enfrentou a falta de acordo sobre as prioridades. Por exemplo, o prefeito Michael Bloomberg fez a candidatura de Nova York para os Jogos Olímpicos de 2012, enquanto o governador Pataki delegou na Corporação para o Desenvolvimento da Baixa Manhattan, duramente criticada pelos escassos recursos obtidos com os amplos fundos recebidos.

Significativas perdas ocorreram no setor aéreo: o espaço aéreo norte-americano permaneceu fechado durante vários dias pela primeira vez em sua história, e em vários países como Canadá. Depois de sua reabertura, as companhias aéreas sofreram uma diminuição em seu tráfico. Se estima que o negócio perdeu cerca de 20% de seu tamanho, e os problemas financeiros das companhias aéreas norte-americanas se agravaram, dando lugar a uma crise económica.

Os atentados de 11 de setembro também marcaram as reuniões da UE na época:
"A economia da UE, já afetada pela desaceleração do crescimento nos Estados Unidos durante este ano, está perdida em uma incerteza sem precedentes", avalia a Comissão Européia no informe que foi apresentado. "A UE tem diante de si uma situação complicada. Se o clima político não continuar piorando, teremos motivos para ser moderadamente otimistas e pensar que na segunda metade de 2002 haverá uma recuperação."

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