Brasil tem nota baixa no desenvolvimento humano

Muitos anunciaram com festa a variação ínfima no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro, que nem chegou a alterar nossa posição no ranking internacional. Ainda somos o número 75, entre 182 países. O desempenho está muito distante do tamanho da nossa economia, que está entre as dez maiores do mundo.

O IDH é um índice calculado a partir de três indicadores: renda, longevidade e educação. Para a renda é levada em consideração a soma do valor de todos os bens finais produzidos no país, ou seja, o PIB, dividido pelo tamanho da população. Mas o que diferencia o IDH é o fato de levar em conta também a expectativa de vida, a taxa de alfabetização e a taxa de matrícula nos ensinos fundamental, médio e superior.

Ao comparar a situação brasileira de 2007, ano da última pesquisa, com a de 2006, o índice subiu um pouco. É lamentável, entretanto, o contraste das nossas posições nas listas de PIB e IDH. Dividimos a lista de produção, ou seja, riqueza, com países como Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França. Quando educação e saúde entram em cena, entretanto, passamos a figurar abaixo de vizinhos latino-americanos com muito menos recursos como Uruguai, México e Venezuela.

Só por curiosidade, a gigante chinesa é o número 92, mas subiu 7 colocações no ranking em 2007.

Desse jeito fica difícil comemorar o título que o índice nos dá, de desenvolvimento humano elevado. Perto do potencial brasileiro e relativamente a outros desempenhos somos sim é muito subdesenvolvidos.

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