A resposta é a necessidade de resolver conflitos de forma rápida e barata. Ronald Coase, Nobel de Economia em 1991, já havia dito que as firmas tendem a surgir quando os custos de transação são menores dentro delas do que no mercado.
Williamson detalhou a questão, buscando explicar por que algumas firmas mantêm vários estágios da produção internamente enquanto outras dedicam-se a somente algumas etapas. Essa diferença ocorre até mesmo entre empresas que produzem o mesmo bem. Recentemente, inclusive, muitas firmas gigantes dividiram-se, optando por lidar com fornecedores em vez de produzir a matéria-prima ou por repassar um bem para outras firmas em vez de vendê-lo em uma etapa mais elaborada.
Williamson sugeriu que as organizações hierárquicas algumas vezes são mais interessantes porque oferecem uma forma mais barata de resolver conflitos. Se dois empregados discutem sobre a atribuição de tarefas ou a distribuição de receitas, por exemplo, a palavra final de um diretor pode resolver a questão. Se essa negociação se desse no mercado, ela se desenrolaria até que se chegasse a um acordo, com probabilidade de demora e custos altos.
As principais conclusões de Williamson são que a firma será pouco necessária se for fácil e barato regular as negociações futuras por meio de contratos com fornecedores e clientes ou se vendedor e comprador puderem facilmente trocar de parceiros, dada a existência de concorrência. Do contrário, ela será essencial.
Uma das conclusões da análise de Williamson é que, melhor que limitar o tamanho das companhias, é regular o abuso de poder, como lobby e comportamento anticompetitivo, já que as firmas teriam motivos importantes para crescerem.
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