
Na noite do dia 24 de Março o Banco Central simplificou ou unificou 60 normas, revogou 320 atos normativos e eliminou a exigência de autorização prévia para algumas operações.
“As medidas têm a cara de um País que conquistou o ‘investment grade’ e precisa desburocratizar as regras cambiais”, avalia Roberto Padovani, estrategista-chefe do banco alemão WestLB. Para ele, com as mudanças, o governo quer deixar claro que o câmbio oscila, que é livre. “A estratégia da Fazenda é fazer com que os agentes assumam cada vez mais o risco cambial”, afirma.
Padovani afirma que o que move o câmbio são as expectativas em relação aos fundamentos econômicos, locais e globais, e os movimentos decididos pelo BC não provocam mudanças permanentes na taxa. “Num primeiro momento, as ações podem fazer com que o dólar suba um pouco, mas, no médio prazo, demonstram para o investidor estrangeiro que o dinheiro que entra pode sair”, complementa Hernan Livore, assessor de investimentos da Fator Corretora.
Um dos pontos que mais devem trazer impacto, na opinião de Carlos Eduardo Tavares de Andrade Júnior, diretor de câmbio do banco Rendimento, é a elevação do prazo de vencimento de dívidas usado pelo Tesouro Nacional para balizar as compras de moeda estrangeira. Segundo ele, se o BC compra dinheiro, tem de emitir moeda, o que provoca expansão da base monetária. Se a compra é feita pelo Tesouro, não há a necessidade de emissão de moeda e, consequentemente, efeitos na base monetária. “Não acho que seja algo extraordinário mas, quanto maior o prazo, mais livre o Tesouro fica” para atuar, diz Andrade.
Especialistas avaliam que as mudanças devem atuar mais no sentido de desburocratizar e simplificar as operações do que provocar algum efeito na relação cambial do real com outras moedas.
Adaptado de: economia.ig
Para ler a reportagem completa, entre em http://economia.ig.com.br/mercados/capitais/medidas+do+bc+comprovam+liberalizacao/n1237563157519.html
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