quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Equador receberá US$ 3,6 bi para não explorar petróleo na Amazônia

O governo do Equador assinou nesta terça-feira um termo de compromisso com as Nações Unidas pelo qual concorda em não explorar reservas de petróleo que ficam dentro de uma área de proteção ambiental na Amazônia para, em troca, receber cerca de US$ 3,6 bilhões de países ricos.
Pelos termos do acordo, as reservas de petróleo que ficam dentro do Parque Nacional de Yasuní, na Amazônia equatoriana, devem ficar intactas por pelo menos uma década.
O montante que será fornecido em troca é cerca de metade do que o país poderia ganhar com a venda do combustível.
De acordo com o governo equatoriano, os campos têm capacidade para produzir 846 milhões de barris de petróleo.
'Histórico' De acordo com Rebeca Grynspan, representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que estava presente na assinatura do termo, em Quito, esta é a primeira vez que um país se compromete com um acordo deste tipo.
"A assinatura deste acordo é uma medida audaciosa, vanguardista e histórica. Este é o primeiro país do mundo a fazê-lo, mantendo permanentemente a fonte de carbono embaixo da terra, com um mecanismo efetivo e verificável", disse.
Segundo o governo do Equador, a iniciativa deve evitar que 407 milhões de toneladas de carbono sejam lançadas na atmosfera.
Entre os países que mostraram interesse em contribuir com o fundo que pagará o Equador estariam Alemanha, Holanda, Noruega e Itália.

Reserva

A reserva de Yasuní, onde ficam os campos de petróleo, está entre as regiões com maior biodiversidade do mundo.
Com uma área de 10 mil quilômetros quadrados, a reserva abriga diversas espécies, algumas das quais só ocorrem nesta região. O local também abriga grupos indígenas.
O petróleo é o maior produto de exportação do Equador, mas grupos de defesa do meio ambiente afirmam que a exploração tem causado danos à região amazônica.
A ONU estuda propor acordos parecidos a outros países, entre eles, Guatemala, Vietnã e Nigéria.


Fonte: http://economia.uol.com.br/

Nenhum comentário: