terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bovespa sobe 0,9% no fechamento e bate maior nível desde abril; Petrobras valoriza

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou os negócios na contramão dos mercados europeus e americanos. A agenda econômica foi pobre, e ganhou mais destaque a estreia das ações da Petrobras na Bolsa brasileira. Os papéis não sofreram oscilações bruscas, mas continuam a concentrar boa parte dos negócios, e hoje responderam por mais de 30% do giro total.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, teve alta de 0,91% no fechamento, batendo os 68.815 pontos, o nível de preços mais alto desde 23 de abril. O giro financeiro foi de R$ 6,85 bilhões, inflado pelo volume acima do normal das ações da petrolífera.

Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recuou 0,44%. Na Europa, a Bolsa de Londres perdeu 0,44%, enquanto a Bolsa de Frankfurt caiu 0,30%.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,710, em leve baixa de 0,05%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,714 e R$ 1,708. O Banco Central limitou suas intervenções nesse mercado a somente um leilão de compra, realizado perto da conclusão dos negócios.

A ação preferencial da petrolífera teve alta de 0,76%, sendo negociada por R$ 26,50; a ação ordinária teve forte ganho de 2,20%, trocada por R$ 30,25.

"O fechamento da ação PN na sexta a R$ 26,30 coincidiu com o preço definido no bookbuilding. E de agora em diante o papel poderá buscar gradativamente o patamar mais alinhado às perspectivas futuras da companhia, tendo sido eliminado um grande fator de incerteza - -embora outros permaneçam, como os custos e riscos envolvidos na exploração do petróleo do pré-sal", comenta Silvio Campos Neto, economista-chefe do banco Schahin, em relatório.

As ações da Vale tiveram boa parte da responsabilidade pela valorização de hoje da Bolsa. Com negócios de R$ 955 milhões, a ação preferencial teve forte alta de 2,10%. Analistas chamam a atenção para o programa de recompra de ações, anunciado na semana passada pela mineradora, bem como o anúncio de novos pagamentos para os acionistas.

O investidor teve um agenda econômica ainda pobre de eventos nesta segunda-feira. Entre as principais, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, que mostrou as expectativas mais elevadas, por parte do setor financeiro, para o crescimento do PIB (7,5%) e da inflação (5,05%). A projeção para a taxa de câmbio foi mantida em R$ 1,75.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou que o nível de atividade do setor de construção civil teve o sétimo mês consecutivo de expansão.

E nos EUA, as notícias mais importantes do dia tiveram origem no setor privado: a Unilever comprou a americana Alberto Culver (produtos para cabelo) por US$ 3,7 bilhões; a cadeia de varejo Wal-Mart anunciou que pretende adquirir a rede atacadista sul-africana Massmart por mais de US$ 4 bilhões; e a companhia aérea Southwest deve comprar com a AirTran Arways por quase US$ 1,4 bilhão.

Fonte: folhaonline.

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