RIO - O empresário Eike Batista, controlador do Grupo EBX, afirmou hoje que poderá iniciar em até quatro anos a produção de automóveis no Brasil. Para tanto, cogita investir cerca de US$ 1 bilhão para erguer um módulo na área do Porto do Açu para construir até 100 mil automóveis por ano e não descarta contar com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Por que não puxar o BNDES [para o projeto]? O BNDES financia a Mercedes e a Volkswagen, por que não [financiar] uma empresa nacional?", questionou Batista, que participou da Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro.
O objetivo do empresário é contar com o apoio de companhias japonesas ou europeias para o projeto, o que significaria a atração de experiência na produção de tecnologia automotiva e de baterias para carros elétricos, já que Batista pretende ter mais da metade da produção dedicada a automóveis elétricos.
"O carro elétrico é irreversível", garantiu, ao ser questionado sobre os altos custos e aos desafios tecnológicos dos automóveis movidos a energia elétrica.
Segundo ele, a construção da fábrica no Açu, situado em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro, economizará US$ 200 por automóvel, graças às sinergias existentes para importação e exportação de peças e unidades, oferta de energia e fornecimento de aço, uma vez que duas siderúrgicas já se comprometeram a se instalar na área.
"Em dez anos a produção nacional de veículos deverá saltar para 8 milhões de veículos por ano. Tem espaço para gente nova, para a indústria nacional", frisou Batista, que ainda não escolheu o nome da nova companhia.
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