O governo Dilma precisa tomar duas providências para evitar que o Banco Central eleve os juros em 2011: cortas gastos e reduzir o ritmo de expansão do crédito, principalmente dos bancos públicos.
A avaliação é do economista-chefe da Opus Gestão de Recursos e professor do Departamento de Economia da PUC-Rio, José Márcio Camargo, que participou nesta terça-feira (16) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.
“Se o próximo governo aumentar o superávit primário para 3,3% do PIB sem arranjos contábeis e diminuir a velocidade de crescimento do crédito, não será necessário aumentar juros para manter a inflação próxima ao centro da meta”, diz Camargo, que não concorda com projeção de Selic em 12% no ano que vem apurada pelo boletim Focus.
O professor da PUC-Rio diz que “as expectativas de inflação no Brasil são muito influenciadas pela inflação corrente. Como a inflação corrente está subindo em parte devido ao aumento do preço dos alimentos e em parte devido ao fato de que o crédito e o mercado de trabalho estão em expansão, então a expectativa de inflação está aumentando. A grande dificuldade do Banco Central neste momento é controlar essas expectativas”.
Fonte: exame.abril.com.br
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Um comentário:
Que bom. A reportagem foi bem a mensagem da conjuntura
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