domingo, 17 de janeiro de 2010

O que deseja a nova classe C

Você sabia que a classe C compra 41% de todo leite longa vida vendido no país, 40% do queijo petit suisse e 39% do leite condensado? É o que mostra a interessante reportagem de Marcos Todeschini e Alexa Salomão na Época Negócios que acaba de chegar às minhas mãos.

Mas quem forma essa classe C? São famílias com renda familiar entre 1.100 e 4.800 reais, de acordo com a metodologia da Fundação Getúlio Vargas. Essa é a renda da casa, quando se soma o que ganha cada um dos componentes da família.

A reportagem destaca sete mitos sobre essa nova classe. Entre eles, o de que esses consumidores estão interessados principalmente em preços baixos. A matéria revela que eles preferem produtos de melhor custo-benefício. Se comprarem um achocolatado de má qualidade, por exemplo, vão ter que esperar até o próximo mês para substituí-lo.

Outro mito é que eles compram apenas os itens da cesta básica e que não têm dinheiro para lazer. A classe C compra chocolate, biscoito, creme de leite e quer viajar pelo Brasil.

Vou destacar só mais um mito muito interessante: o de que a classe média não paga as contas. A inadimplência é maior nas classes mais altas. Isso porque ficar devendo é para um integrante dessa classe ter o nome sujo na praça e, assim, ter que interromper o consumo.

Muitos economistas defendem que o crescimento dessa classe C foi um fator importante para blindar o país contra a crise econômica internacional. Agora os empresários correm atrás de conhecer a rotina dessa classe para tirar sua fatia do bolo.

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