segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Blog do PET tem mais uma novidade!


Quinzenalmente serão postadas curiosidades a respeito do curso ou da própria Economia.

Assim, se vocês tiverem curiosidade sobre alguma coisa ou alguma sugestão, deixem nos nossos comentários!

Para abrir esta nova seção, aí vai o significado do símbolo do curso, uma sugestão da PETiana Synthia:

O Símbolo da Economia é composto por dois conjuntos:

O primeiro possui dois elementos - a folha de acanto, símbolo universal de perfeição artística e índice de inteireza de caráter e perfeição moral, e o globo, que representa o universo, o mundo;

O segundo possui também dois elementos (ou símbolos) - a cornucópia (palavra de origem latina, que se refere ao corno mitológico, atributo da abundância e símbolo da agricultura e do comércio), que representa a fortuna, riqueza e economia (no sentido de pecúlio), e a roda dentada simbolizando a indústria, estágio mais adiantado da civilização contemporânea (no entanto, alguns dizem tratar-se a roda dentada de uma representação do trabalho, labor e fortuna).

O primeiro conjunto como unidade (folha de acanto mais globo) significa a ciência universal; o segundo ( cornucópia mais roda dentada ), a indústria como geradora de riquezas e economia dos povos, em outras palavras, a abundância decorrente do trabalho em escala industrial. A união dos dois conjuntos representa, é claro, a Ciência Econômica.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Seleção 2009

O PET-ECONOMIA divulga a abertura das inscrições e estabelece normas para a realização do concurso destinado a selecionar 04 (quatro) candidatos, sendo 02 (dois) para o provimento dos cargos vagos de membro bolsista e 02 (dois) para o provimento do cargo de membro colaborador.

1 – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 – O concurso, a ser realizado pelo próprio PET-Economia, visa ao provimento das vagas para membro bolsista e membro não bolsista.
1.2 – O concurso será constituído de duas etapas:
I- Primeira Etapa – provas de caráter eliminatório e classificatório a serem realizadas por todos os candidatos, na forma estabelecida nos itens 6 e 7.
II- Segunda Etapa – de caráter eliminatório, para os candidatos habilitados e classificados na Primeira Etapa, na forma estabelecida no item 8.

2 – DOS BENEFÍCIOS DO APROVADO
2.1 – O membro bolsista:
I- fará jus a um certificado de participação no PET após o tempo mínimo de dois anos de participação efetiva e comprovada no Programa.
2.2 – O membro não bolsista:
I- fará jus a um certificado de participação no PET após o tempo mínimo de dois anos de participação efetiva e comprovada no Programa de teor idêntico ao dos alunos bolsistas;
II- terá prioridade para substituição de aluno bolsista, desde que preencha os requisitos para ingresso no PET à época da substituição.


3 – DAS ATRIBUIÇÕES DOS INTEGRANTES DO PET
3.1 – São atribuições dos membros do grupo PET:
I- zelar pela qualidade acadêmica do PET;
II- participar de todas as atividades programadas pelo professor tutor;
III- participar durante a sua permanência no PET de atividades de ensino, pesquisa e extensão;
IV- apresentar excelente rendimento acadêmico avaliado pelo tutor;
V- publicar ou apresentar em evento de natureza científica um trabalho acadêmico por ano, individualmente ou em grupo.
VI- fazer referência à sua condição de membro do PET nas publicações e trabalhos apresentados;
VII- cumprir as exigências estabelecidas no Termo de Compromisso.

4 – DOS REQUISITOS
4.1 – Poderá ser selecionado como membro do PET-Economia o estudante de graduação que atender aos seguintes requisitos:
I- estar regularmente matriculado no segundo, quarto ou sexto período do curso de graduação em Ciências Econômicas;
II- apresentar coeficiente de rendimento escolar maior ou igual a 6,0 (seis);
III- ter disponibilidade para dedicar vinte horas semanais às atividades do programa;
IV- ter a pretensão de continuar no programa até a conclusão do curso.

4.2 – Para que ocorra a substituição de um aluno bolsista por um aluno colaborador, como mencionado no item 2.2 (II), o mesmo não poderá estar recebendo outro tipo de bolsa – da CAPES, do CNPq, da IES ou de quaisquer outras instituições de fomento à pesquisa –, além de atender aos requisitos de alunos colaboradores.

5 – DA INSCRIÇÃO
5.1 – A inscrição do candidato implicará o conhecimento e a tácita aceitação das normas e condições estabelecidas neste Edital, em relação às quais não poderá alegar desconhecimento.
5.2 – O pedido de inscrição será efetuado no período de 3 de Agosto a 14 de Agosto de 2009. O Formulário de Inscrição estará disponível na porta do PET-Economia e no mural do PET-Economia no corredor A do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA).
5.3 – As informações prestadas no Formulário de Pedido de Inscrição são da inteira responsabilidade do candidato, dispondo o PET do direito de excluir do processo seletivo aquele que o preencher com dados incorretos, incompletos, bem como se constatado, posteriormente, que os mesmos são inverídicos.

I – PRIMEIRA ETAPA

6 – DAS CONDIÇÕES DE REALIZAÇÃO DAS PROVAS
6.1 – As provas serão aplicadas em uma sala do CCSA a ser divulgada, às 14 horas do dia 21 de Agosto de 2008.
6.2 – O candidato deverá comparecer ao local da prova com antecedência mínima de 15 (quinze) minutos do horário fixado, considerando o horário local, munido de caneta esferográfica azul ou preta, lápis grafite, borracha e documento de identificação.
6.3 – Não será permitido o ingresso de candidatos, em hipótese alguma, no estabelecimento, após o início das provas.
6.4 – O tempo de duração das provas será de 3 (três) horas, cabendo ao candidato administrá-lo.
6.5 – A inviolabilidade das provas será comprovada no momento do rompimento do lacre dos envelopes e na presença de, no mínimo, dois candidatos.
6.6 – Durante as provas não será admitida qualquer espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos, nem a utilização de livros, manuais, anotações, calculadoras, agendas eletrônicas ou similares, telefone celular, BIP, walkman, mp3player, gravador ou qualquer outro receptor de mensagens.
6.7 – Os aparelhos referidos no item anterior deverão ser entregues aos fiscais de sala e ficarão retidos durante todo o período de permanência dos candidatos no local de prova.
6.8 – Serão permitidas apenas respostas com caneta esferográfica, tinta preta ou azul.
6.9 – Os candidatos somente poderão ausentar-se do recinto de provas depois de decorridos quarenta e cinco minutos do início das mesmas.
6.10 – Em hipótese alguma o candidato poderá prestar provas fora da data ou do horário estabelecido.
6.11 – Ao terminar a prova, o candidato entregará, obrigatoriamente, ao fiscal de sala, as suas provas e suas folhas de resposta.
6.12 – Na correção das questões objetivas será atribuída nota zero à questão com mais de uma opção assinalada ou sem opção assinalada.
6.13 – Não será permitido o ingresso ou a permanência de pessoas estranhas ao processo seletivo na sala de aplicação das provas, em nenhuma hipótese.
7 – DAS PROVAS DA PRIMEIRA ETAPA
7.1 – Serão aplicadas provas objetivas e/ou discursivas, de caráter eliminatório e classificatório.
7.2 – Serão aplicados tipos diferentes de prova de acordo com o período do candidato em questão, sendo elas Introdução à Microeconomia, Matemática e História Econômica Geral para os alunos do segundo período; Microeconomia, Introdução à Macroeconomia, Matemática e História Econômica Geral para os alunos do quarto período e Microeconomia, Macroeconomia, Economia Brasileira, Econometria para os alunos do sexto período.
7.3 – Os conteúdos das provas acompanharão o programa das disciplinas do quadro regular do curso de economia até o atual período do candidato e estão listados no ANEXO 1.

II – SEGUNDA ETAPA

8 – DOS CRITÉRIOS DA SEGUNDA ETAPA
8.1 – A segunda etapa será constituída de entrevista e da análise do histórico acadêmico do candidato.
8.2 – As entrevistas serão realizadas na Sala de Reuniões do Departamento de Economia do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), a partir das 14 horas do dia 25 de Agosto de 2009, seguindo ordem alfabética dos nomes dos candidatos classificados na primeira etapa.
8.3 – O candidato deverá entregar, no momento da entrevista, o seu histórico acadêmico, impresso pelo SIG@ e assinado pela Coordenação, ou fornecido pela PROACAD.

9- DOS RESULTADOS
9.1 – A lista com os candidatos habilitados para a segunda etapa será divulgada na Porta e no Mural do PET-Economia no corredor A, na segunda-feira, dia 24 de Agosto de 2009, a partir das 09 horas.
9.2 – Os nomes dos candidatos selecionados serão divulgados após a entrevista e na Porta e no Mural do PET-Economia no corredor A, na quarta-feira, dia 26 de Agosto de 2009, a partir das 09 horas.


O "Anexo 1" encontra-se no mural do PET.

Para acessar o Edital completo da seleção PET 2009, clique aqui.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Informativo PET nº 34 - verso

O interesse no mercado brasileiro nas entrelinhas da conta corrente

A conta corrente brasileira do mês de A-bril, a qual é composta pela balança comercial, saldo das exportações e importações, conta de serviço e transferências unilaterais correntes, recursos estes enviados por brasileiros residentes no exterior, mostrou-se uma surpresa positiva para o Brasil no cenário atual de crise, apresen-tando superávit.

Contudo, esse superávit da conta corren-te, no valor de US$ 146 milhões, não apresenta uma real importância do ponto de vista do seu saldo positivo, pois esse saldo não representa uma mudança de tendência em relação aos su-cessivos déficits: provavelmente ele voltará a ser negativo, devido, em grande parte, à valorização do real. Ao se valorizar, a moeda nacional faz com que haja uma retomada de envio de remes-sas de lucro e dividendo ao exterior e uma queda na balança comercial em relação ao mês de Abril, que nesse mês obteve, incrivelmente, um superávit de US$ 3,7 bilhões.

O Envio de remessas de lucros e dividen-dos ao exterior contabilizou, através de um resul-tado parcial de Maio, um valor de US$ 2,3 bi-lhões, que se mostra superior ao US$ 1,7 bilhão do mês anterior. Essa disparidade mostra nume-ricamente a importância do câmbio no envio de lucros e dividendos.

A Balança comercial, que até Maio estava no patamar de US$ 2,3 bilhões, mostrou um aumento de 60% em apenas um mês, refletindo num saldo acumulado de US$ 6,7 bilhões entre Janeiro e Abril de 2009, frente aos US$ 4,5 bi-lhões referentes ao mesmo período em 2008. Contudo, apesar de esse aumento representar a boa condição que o Brasil possui de enfrentar a crise econômica mundial atual, é preciso perceber que um aumento de 60% em período de crise não se mostra sustentável.

O aumento do superávit da conta corrente se deve quase que exclusivamente à sua mudança na composição, com o aumento da participação dos investimentos externos diretos (IED), que somam um total de US$ 3,4 bilhões, e do fluxo cambial acumulado, com o ingresso de US$ 1,45 bilhão nas operações comerciais e US$ 1,63 bilhão em operações financeiras.

Essa grande atração de investimentos ex-ternos e o fluxo positivo de capital estão associa-dos à solidez da economia brasileira, já que até o momento a economia do País tem reagido de maneira positiva à crise, mantendo os níveis de suas reservas e a os sucessivos superávits na ba-lança comercial.

Desse modo, fica visível que ao se anali-sar o saldo da conta corrente não se deve levar em conta apenas o superávit, já que esse muitas vezes mostra-se mais atrelado à desvalorização do Real, e sim buscar perceber e estudar as mu-danças na perspectiva do mercado externo em relação ao Brasil, a qual vem revelando a reto-mada de uma maior participação de investidores externos no País. Essa perspectiva dos investido-res em relação ao mercado interno pode ser per-cebida pelo risco País do Brasil, o qual alcançou 296,00 em 29/05/2009.



Mauro Augusto
Membro do PET – Economia

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Informativo PET nº 34 - frente

Recife, 04 de junho de 2009.

Seriam os derivativos realmente trambique?

O mercado de derivativos tem sido bastante discutido no Brasil. Entretanto, o conhecimento da população, e até mesmo de altos dirigentes do governo, acerca desse assunto, é altamente escasso.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou numa visita à Turquia que "temos um sistema financeiro sólido. Mas o que descobrimos com a crise é que alguns empresários brasileiros estavam aplicando nos chamados derivativos. Ou seja, já não se contentavam em ganhar o que estavam ganhando e acharam que era possível ganhar um pouco mais, fazendo trambique".

A função do mercado de derivativos, no entanto, contrariamente à declaração do presidente, não é a de obter ganhos financeiros por meios ilícitos. O que se deseja com esse mercado, a princípio, é a diminuição dos riscos de transação dos agentes atuantes. Obviamente, há outras intenções envolvidas como a especulação, mas isso não significa que esses especuladores sejam necessariamente nocivos ao funcionamento do mercado. Além disso, o mercado de derivativos é um mercado regularizado, com normas muito bem definidas.

Esse mercado consiste na negociação de contratos baseados no resultado de ativos reais ou financeiros, assim como nas taxas de juro, câmbio e índices. As operações com derivativos são baseadas em contratos, portanto há compromissos entre compradores e vendedores.

Há quatro principais tipos de derivativos: futuros; opções; swaps; termos. Essa divisão conceitual é feita de acordo com o porte das partes envolvidas no contrato, frequência de ajuste, sistema de garantias, vencimento, etc.

Os agentes envolvidos no mercado de derivativos são os hedgers, os especuladores e os arbitradores. O hedger é aquele que produz fisicamente o produto. Seu único objetivo é minimizar o risco de mercado no preço do seu produto. Os especuladores são agentes que compram e vendem os derivativos com o objetivo de lucrar nas oscilações. Eles são de grande importância para a manutenção da liquidez do mercado. Já o arbitrador lucra tirando vantagens na diferença de preços de um bem que é negociado em mercados diferentes. A atuação do arbitrador surge quando o preço de um ativo nos mercados de derivativos sai da sua trajetória normal, ou esperada. Eles têm a função de manter os preços em linha para diferentes mercados.

A fim de ilustrar a importância da utilização de derivativos no Brasil, há o caso da elevação expressiva da taxa de juros feita em setembro de 1998 pelo Banco Central. Investidores com aplicações prefixadas e empresas com dívidas a taxas flutuantes amargaram enormes perdas que poderiam ter sido evitadas através do mercado de derivativos de taxas de juros. Outro exemplo é o da grande desvalorização da taxa de câmbio ocorrida em 1999, em que o dólar subiu mais de 65% entre 13 de janeiro e o fim desse mesmo mês. Essa desvalorização gerou grandes perdas para importadores e para empresas com dívidas em dólar. Assim como no caso anterior, esses prejuízos também poderiam ter sido minimizados com a utilização do mercado de derivativos.

Apesar de todas essas vantagens, pode-se também citar alguns contra-exemplos ocorridos no Brasil. Imediatamente após o início da crise a Sadia admitiu ter perdido R$ 760 milhões com suas posições em contratos de derivativos futuros e opções cambiais. Outra companhia que sofreu com os derivativos foi a Aracruz Celulose, que perdeu US$ 2 bilhões. Estima-se que cerca de 200 empresas tenham perdido dinheiro com derivativos.

O que se pode afirmar, pois, é que esse mercado já exerce uma atividade internacionalmente reconhecida na economia. Obviamente pode gerar perdas e ganhos, mas tudo indica que quanto mais maduro for esse mercado, maiores serão as tendências de ganho.




Pacelli Luckwü
Membro do PET – Economia